Para que haja a realização da cirurgia bariátrica e metabólica se faz necessária uma avaliação cuidadosa do quadro de saúde do paciente.  Um dos métodos utilizados para averiguar o grau de obesidade é o famoso Índice de Massa Corpórea, o IMC. A partir do cálculo do IMC, é possível saber de maneira fácil qual a relação peso/altura e identificar se está ou não em algum estágio de obesidade. Tal conta é feita dividindo o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado.

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Como anda sua relação com a balança?

Veja aqui a classificação:

Menor que 18,5 – Magreza – 0 grau de obesidade

Entre 18,5 e 24,9 – Normal – 0 grau de obesidade

Entre 25,0 e 29,9 – Sobrepeso – Pré-obeso

Entre 30,0 e 34,9 – Obesidade leve – obesidade grau 1

Entre 35 e 39,9 – Obesidade moderada – obesidade grau 2

A partir de 40,0 – Obesidade grave ou mórbida – obesidade grau 3

Mas, afinal, quem pode fazer a cirurgia bariátrica e metabólica?

É importante dizer que existem alguns critérios que determinam quem, de fato, pode se candidatar à realização da cirurgia. A idade, o IMC, a apresentação de comorbidades (que são as doenças associadas à obesidade) e o tempo de doença são características que serão consideradas:

–  Pacientes que possuírem o IMC acima de 40,0;

–  Aqueles que tiverem o IMC entre 35,0 e 40,0 e, associado a isso, apresentarem comorbidades como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, alterações de colesterol, apneia do sono, doenças articulares, doença do refluxo, síndrome do ovário policístico e depressão por exemplo;

– Os com IMC entre 30,0 e 35,0, que apresentem comorbidade e, somado aos dois fatores anteriores, possuam a indicação dada como “grave” por um médico especializado nessa doença;

– Pacientes que apresentem obesidade estabilizada há mais de cinco anos, mas que já realizaram o tratamento clínico por, no mínimo, dois anos, sem obter melhoras satisfatórias;

– Em casos de adolescentes entre 16 e 18 anos que possuam indicação do médico e da equipe multidisciplinar, além da autorização da família;

– Os adolescentes com menos de 16 anos devem realizar a cirurgia se houver caso de síndrome genética, ou, em outra situação, se avaliado por dois cirurgiões bariátricos titulares da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e também pela equipe multidisciplinar, com autorização e acompanhamento familiar;

– Já os maiores de 65 anos, precisam passar pela avaliação da equipe multidisciplinar, levando em consideração o risco cirúrgico, a expectativa de vida e se há presença de comorbidades.

Metabólica, bariátrica… Existe diferença?

A intervenção cirúrgica é um dos melhores tratamentos para a doença da obesidade. Sua indicação dependerá dos fatores e das características citados acima que dizem respeito à saúde do paciente. Assim como a escolha da técnica cirúrgica também será influenciada por isso.

É fundamental registrar que toda cirurgia bariátrica é também metabólica porque gera alterações hormonais que são fundamentais para atingir os objetivos de perda de peso e de controle de doenças relacionadas à obesidade.

A cirurgia metabólica é, então, uma variação da cirurgia bariátrica, e ela pode ser aplicada também em pacientes que apresentem grau de obesidade tipo 1, ou seja, aqueles com IMC a partir de 30,0. É utilizada no controle da obesidade e na diminuição de risco de complicações das comorbidades, tratando doenças endocrinológicas como, por exemplo, diabetes tipo 2, trazendo novas perspectivas àqueles que sofrem de tantos males agravados pelo excesso significativo de peso.

Com a cirurgia definida conforme o estado de saúde do paciente, inicia-se o processo de pré-operatório. Ficou curioso? No próximo artigo, a fase que antecede a cirurgia é explicada para que você possa saber quais são os passos seguintes.

(Fonte: www.sbcbm.org.br)