Colelitíase ou Pedra na vesícula: Entenda!

Você sabe o que é “pedra” na vesícula? Pois hoje vamos conversar sobre o tão famoso cálculo de vesícula ou colelitíase. Cerca de 20% dos adultos passam pelo problema, e mulheres são mais suscetíveis a essa situação. Porém, 80% das pessoas que são acometidas não apresentam qualquer sintoma, dificultando bastante o diagnóstico e, por conseguinte, o tratamento.

Mas, afinal, o que são as tais “pedras” na vesícula? Elas são criadas por uma desproporção entre sais biliares, lecitina e colesterol, tendo como efeito uma concentração mais alta de colesterol na bile que pode causar a formação de cristais que, juntos, transformam-se em cálculos.

 Condições que favorecem a formação dos cálculos

  • Ser do sexo feminino
  • Histórico familiar (predisposição genética),
  • Idade (mais de 40 anos),
  • Obesidade,
  • A perda rápida de peso em pacientes que se submeteram a cirurgias para esse fim,
  • Gravidez,
  • Hipotireoidismo,
  • Aumento das taxas de colesterol e de triglicerídeos,
  • Cirrose hepática
  • Tipos de doenças do sangue (anemia falciforme, por exemplo).

Sintomas da Colelitíase ou pedra na vesícula

Normalmente associada à ingestão de alimentos gordurosos, a dor é o principal sintoma da colelitíase, localizada na parte superior direita do abdômen ou nas regiões dorsal ou epigástrica (“boca do estômago”). Muitas vezes o paciente já sentiu esse tipo de cólica após uma refeição, principalmente, quando houve algum excesso alimentar, mas considerou ser apenas má digestão.

Além da dor, também existe a possibilidade de sintomas dispépticos, como enjoos, vômitos, “arrotos”, impressão de estômago pesado e mal-estar. Quando a dor persiste por mais de cinco horas ou se piora com o passar do tempo, pode ser um caso de inflamação da vesícula, que é uma das complicações da colelitíase.

Inclusive, vale ressaltar que a temida pancreatite aguda tem como causa principal a colelitíase, e se dá quando um cálculo da vesícula cai no canal principal da bile, obstruindo também a saída da secreção pancreática.

Diagnosticando a Colelitíase

Para o diagnóstico de cálculo, o médico realiza o exame palpando a região para saber se há dor, e pode recorrer a exames como a ultrassonografia abdominal quando necessário. Em idosos nem sempre ocorre dor, mas muitas vezes a informação de parentes sobre alguma anormalidade ajuda na investigação do problema.

Tratamento de Colelitíase

É  feito de acordo com cada situação. Caso o paciente tenha os sintomas, o procedimento indicado é a colecistectomia, sendo a técnica videolaparoscópica o padrão-ouro a ser adotado.

Em pacientes que não apresentam sintomas, a operação é necessária,especialmente, quando existem cálculos maiores que três centímetros, anemias hemolíticas, pólipos na vesícula biliar associados a cálculos, ou vesícula de “porcelana” (condição em que a parede do órgão fica parcial ou totalmente calcificada), o que pode aumentar o risco de câncer.

Pessoas com diabetes precisam ter atenção redobrada, buscando a realização do procedimento cirúrgico assim que diagnosticadas, já que há maior perigo de complicações graves. Por fim, gestantes que possuam os sintomas têm o segundo trimestre de gestação como melhor período para o caso de cirurgia.

E você, como anda se sentindo após as refeições? Se sente dores ou desconforto abdominal, ou se sua alimentação é rica em gorduras, não demore a procurar um médico e conferir se está tudo ok com sua saúde!